As investigações apontam que Lupa teria ordenado o deslocamento dos franco-atiradores da unidade F-10 do departamento de Cochabamba para La Paz, com o intuito de consolidar o golpe de Estado militar. Embora apenas cinco dos 19 militares tenham chegado à capital, 14 civis ficaram feridos por disparos efetuados pelos militares durante a ação.
A situação se agravou quando a Praça de Armas, sede do governo, foi tomada por militares por várias horas. Enquanto o líder do movimento, o ex-chefe do Exército Juan José Zúñiga, alegou que a ação era necessária para restaurar a democracia, o governo classificou como tentativa de golpe de Estado.
A reação da comunidade internacional não tardou a chegar, com condenações à revolta militar. O presidente argentino, Javier Milei, chegou a rotular o ocorrido como uma “fraude montada”, o que levou La Paz a convocar seu embaixador em Buenos Aires para consultas. A tensão diplomática entre os dois países se intensificou, com a convocação do chefe da diplomacia argentina na Bolívia.
Diante desse cenário conturbado, a situação na Bolívia permanece tensa, com acusações e contradições sobre o real motivo por trás do golpe militar fracassado. As investigações seguem em andamento para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos nesse episódio que abalou a estabilidade do país sul-americano.