Comandante de unidade de elite das Forças Armadas da Bolívia é detido por enviar franco-atiradores para apoiar golpe militar fracassado.

O recente acontecimento na Bolívia tem gerado grande repercussão internacional. O chefe de uma unidade de elite das Forças Armadas foi detido pela polícia, sob a acusação de ordenar o envio de 19 franco-atiradores para apoiar o fracassado golpe militar em 26 de junho. O Major Vladimir Lupa Salamanca é o principal suspeito, juntando-se a outros 21 detidos, entre militares da ativa, da reserva e civis, envolvidos na tentativa de golpe.

As investigações apontam que Lupa teria ordenado o deslocamento dos franco-atiradores da unidade F-10 do departamento de Cochabamba para La Paz, com o intuito de consolidar o golpe de Estado militar. Embora apenas cinco dos 19 militares tenham chegado à capital, 14 civis ficaram feridos por disparos efetuados pelos militares durante a ação.

A situação se agravou quando a Praça de Armas, sede do governo, foi tomada por militares por várias horas. Enquanto o líder do movimento, o ex-chefe do Exército Juan José Zúñiga, alegou que a ação era necessária para restaurar a democracia, o governo classificou como tentativa de golpe de Estado.

A reação da comunidade internacional não tardou a chegar, com condenações à revolta militar. O presidente argentino, Javier Milei, chegou a rotular o ocorrido como uma “fraude montada”, o que levou La Paz a convocar seu embaixador em Buenos Aires para consultas. A tensão diplomática entre os dois países se intensificou, com a convocação do chefe da diplomacia argentina na Bolívia.

Diante desse cenário conturbado, a situação na Bolívia permanece tensa, com acusações e contradições sobre o real motivo por trás do golpe militar fracassado. As investigações seguem em andamento para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos nesse episódio que abalou a estabilidade do país sul-americano.

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