Entre janeiro e maio, houve um aumento significativo no número de vítimas de artefatos explosivos (35%), deslocamentos em massa (49%) e confinamentos (101%). Essa escalada da violência tem gerado efeitos devastadores em diversas áreas urbanas e rurais, afetando diretamente as comunidades locais. O uso de artefatos explosivos, como minas antipessoais e outras bombas caseiras, resultou em 194 vítimas, incluindo 18 mortes, em 43 municípios do país.
É importante ressaltar que, de acordo com os dados do CICV, 69% das vítimas são civis, o maior percentual dos últimos seis anos. Além disso, mais de 26.000 pessoas foram deslocadas e cerca de 31.000 tiveram que se confinar devido às ações violentas ocorridas no país. Houve também o registro de 78 casos de desaparecimentos e 116 atos de violência contra profissionais de saúde.
Esses indicadores refletem a complexidade da realidade enfrentada pelas comunidades colombianas em meio a oito conflitos armados ativos no país. Apesar da assinatura do acordo de paz em 2016 com as Farc, outros grupos armados têm perpetuado a violência em diferentes regiões, aproveitando a ausência do Estado.
Neste contexto, o presidente Gustavo Petro tem buscado negociações com esses grupos, mas sem resultados concretos até o momento. A Colômbia ainda luta para superar décadas de violência interna e alcançar uma paz duradoura para o seu povo. A situação humanitária delicada exige uma resposta urgente e eficaz para proteger a vida e os direitos das comunidades afetadas pela violência.
