Desmatamento na Amazônia tem maior queda desde 2016, mas preocupa aumento da destruição no Cerrado

A Amazônia registrou uma queda significativa no desmatamento de 51,1% entre agosto de 2023 e junho de 2024, em comparação com os 11 meses anteriores. Essa redução representou a maior queda desde 2016, embora ainda tenha havido uma devastação de 3.644 km² na região. Por outro lado, o Cerrado viu um aumento de 14,6% na destruição ambiental, atingindo 6.571 km² de devastação.

Os dados foram divulgados pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia e foram coletados pelo sistema de monitoramento via satélite Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A queda no desmatamento da Amazônia foi impulsionada pelos resultados positivos de estados como Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia. O bioma também registrou uma queda de 59,3% nos 70 municípios prioritários definidos pelo Ministério do Meio Ambiente.

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, destacou que a redução do desmatamento está ocorrendo em todos os estados da região amazônica. A ministra Marina Silva expressou otimismo quanto à possibilidade de alcançar o desmatamento zero na Amazônia até 2026, se a tendência atual continuar.

Por outro lado, o Cerrado enfrentou desafios, com queda de 24,3% no mês de junho deste ano, porém registrando aumentos nos meses anteriores. A Ministra Marina destacou a importância de um pacto pelo Cerrado, enquanto a Mata Atlântica também apresentou uma redução de 25,2% no desmatamento em 2023.

Além disso, a greve dos servidores do Ibama e a ação da AGU para suspendê-la foram temas discutidos pela ministra Marina Silva, que ressaltou o diálogo constante com os servidores ambientais. A greve começou em junho, após negociações para reestruturar carreiras e aumentar salários.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo