Embaixadora do Itamaraty defende eleições livres na Venezuela para normalizar situação política e levantar sanções internacionais.

O embate político na Venezuela ainda não chegou ao fim. A embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, declarou que o país precisa realizar eleições “livres” e que o “perdedor” deve aceitar os resultados para que a normalidade política seja restabelecida e as sanções internacionais sejam retiradas.

Em suas declarações, Padovan ressaltou a importância de que os venezuelanos façam a parte deles, ou seja, participem das eleições de forma ativa e reconheçam o resultado final. Ela também destacou que a aceitação do vencedor por parte do perdedor é a base de qualquer eleição e fundamental para o levantamento das sanções e a normalização da situação no país.

Além disso, o Brasil está engajado na defesa do retorno da Venezuela ao Mercosul, do qual está suspenso desde 2017 devido à “ruptura da ordem democrática”. O embate eleitoral na Venezuela coloca em jogo o terceiro mandato de seis anos do atual presidente Nicolás Maduro, que enfrenta a oposição liderada por Edmundo González.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado de Maduro, tem criticado as restrições impostas à oposição e solicitado uma maior observação internacional do pleito. No entanto, Lula também tem defendido o fim das sanções internacionais contra a Venezuela, buscando encontrar um equilíbrio entre os interesses em jogo.

Diante desse cenário, a expectativa é de que uma ampla presença de observadores internacionais reforce a transparência e a legitimidade das eleições. A situação eleitoral na Venezuela ainda será tema de discussão na cúpula do bloco sul-americano na próxima segunda-feira em Assunção, mas as perspectivas de uma resolução rápida ainda são incertas.

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