Entre os locais mais impactados estão Eldorado do Sul, Roca Sales e Muçum, onde a porcentagem de estabelecimentos privados afetados variou entre 74% e 82%. Na capital Porto Alegre, pelo menos 27% dos estabelecimentos e 38% dos postos de trabalho foram diretamente atingidos pelas enchentes.
Segundo os dados do Ipea, cerca de 23,3 mil estabelecimentos privados (9,5% do total nos municípios analisados) foram diretamente impactados, assim como 334,6 mil postos de trabalho (equivalente a 13,7% do total). Esses números refletem a magnitude do desastre natural que assolou a região e comprometeu a economia local.
O estudo se baseou em informações do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) e abrangeu 418 municípios gaúchos onde foi decretado estado de calamidade ou emergência. Em abril de 2024, esses municípios contavam com 243,7 mil estabelecimentos privados e 2,45 milhões de empregos formais.
Os pesquisadores destacaram que os impactos dos eventos climáticos extremos vão além do que foi apresentado no estudo, já que estabelecimentos indiretamente afetados também podem ter sido prejudicados devido à interligação de fornecedores, consumidores e infraestrutura de escoamento. A recuperação econômica e social dessas regiões afetadas pelas inundações exigirá esforços conjuntos do poder público e da iniciativa privada.