O Mapa de Gestão de Lideranças (MGL) analisou 57 secretarias estaduais e demonstrou que apenas 6% delas apresentam níveis considerados de referência em boas práticas de gestão de pessoas em cargos de liderança. A pesquisa indicou que 17% das secretarias estão em um nível intermediário, enquanto a maioria, 77%, está em situação preocupante, com pontuações abaixo do ideal.
De acordo com os responsáveis pelo estudo, o objetivo do mapeamento foi identificar capacidades, práticas estatais e potencialidades a serem exploradas pelos governos na profissionalização de seus quadros de dirigentes. O MGL buscou identificar boas práticas de gestão de pessoas no alto escalão dos governos estaduais e diagnosticar as lacunas existentes entre o modelo referencial e a realidade dos estados brasileiros.
O diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann, Daniel de Bonis, destacou a importância de promover a diversidade nas lideranças públicas e ressaltou a necessidade de avançar nesse sentido. Ele enfatizou a importância de programas robustos de desempenho e desenvolvimento de líderes para garantir um serviço público de qualidade e contribuir para o desenvolvimento do país.
O professor do Insper e coordenador acadêmico do Mapa de Gestão de Lideranças, Gustavo Tavares, enfatizou a importância de processos que garantam que os ocupantes de cargos de direção nos governos tenham as competências necessárias para um alto desempenho. Ele ressaltou a relevância do MGL como um projeto que busca disseminar boas práticas de gestão estratégica de pessoas no setor público e promover a profissionalização da alta direção no setor público.
Diante dos dados alarmantes apresentados pela pesquisa, fica evidente a necessidade de investimentos e ações efetivas para melhorar a gestão de lideranças públicas nas secretarias estaduais, visando aprimorar a qualidade do serviço público e contribuir para o desenvolvimento do país.