O Ministério do Interior francês divulgou que, ao final do primeiro turno, 506 dos 577 círculos eleitorais teriam segundo turno, com 306 disputas triangulares e cinco disputas quadrangulares. No entanto, com as desistências, a situação mudou. Segundo o Le Monde, o número de disputas triangulares caiu para apenas 94, enquanto 405 serão “duelos” entre dois candidatos.
A estratégia de “cordão sanitário”, que visa concentrar os votos do campo democrático em uma única candidatura em cada região em disputa, tem sido amplamente adotada. A Nova Frente Popular e o Renascimento, de Macron, instaram seus candidatos a abrir mão da disputa em casos que envolvessem candidatos do Reagrupamento Nacional.
No entanto, essa estratégia tem enfrentado resistência e divergências entre os diferentes campos políticos e o eleitorado. O partido histórico de direita da França, Os Republicanos, rachou antes mesmo do primeiro turno, com algumas alas apoiando o Reagrupamento Nacional e outras adotando uma postura mais flexível.
Os institutos de pesquisa franceses apontam que o Reagrupamento Nacional é a única sigla com reais possibilidades de alcançar a maioria necessária para controlar o Parlamento francês. Marine Le Pen, líder do partido, descartou a possibilidade de um governo de coabitação com Macron.
Com as eleições francesas se aproximando do segundo turno, a batalha entre os diferentes campos políticos promete ser acirrada e determinante para o futuro do país. A estratégia de concentração de votos e as alianças políticas serão cruciais para definir o rumo que a França tomará nos próximos anos.