Furacão Beryl deixa ilhas de Granada em devastação total: reconstrução será necessária a partir do zero após passagem da tempestade

O furacão Beryl avança em direção à Jamaica e Ilhas Cayman com toda sua força, sendo classificado como uma tempestade de Categoria 4. No entanto, os estragos deixados por ele nas pequenas ilhas de Carriacou e Petite Martinique, em Granada, não passaram despercebidos. O líder do país, Dickon Mitchell, descreveu a devastação como “inimaginável” e “total”.

Segundo autoridades locais, cerca de 98% dos edifícios nas ilhas foram danificados ou destruídos, incluindo instalações de saúde, como o Hospital Princess Royal em Carriacou, além do aeroporto e marinas. A falta de eletricidade e comunicações tornou a situação ainda mais crítica, deixando as colheitas arrasadas, árvores caídas e postes de utilidade pública espalhados pelas ruas.

O ambiente natural também foi duramente atingido, com relatos de que a vegetação e os manguezais foram completamente destruídos. Apesar dos danos materiais, o número de mortes parece ter sido relativamente baixo. Três mortes foram confirmadas em Granada, sendo duas delas em Carriacou, e mais uma foi registrada em São Vicente e Granadinas.

Enquanto isso, o furacão Beryl continua seu trajeto em direção à Jamaica e Ilhas Cayman, mantendo-se como uma ameaça iminente. O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, impôs um toque de recolher de 12 horas e ordens de evacuação foram emitidas para áreas de baixa altitude. Nas Ilhas Cayman, os residentes se preparam para os impactos da tempestade, com ações como a proteção de propriedades e racionamento de sacos de areia.

A situação nas duas pequenas ilhas de Granada é de extrema preocupação, pois muitas pessoas perderam suas casas e a infraestrutura básica foi severamente comprometida. A falta de água potável é uma das questões em destaque, uma vez que o sistema de coleta de água da chuva foi afetado pelos estragos do furacão.

Beryl configura um cenário alarmante, sendo o primeiro furacão de Categoria 4 a se formar no Oceano Atlântico tão cedo na temporada. Esse episódio serve como alerta para os impactos cada vez mais intensos do aquecimento global, conforme destacado pelo primeiro-ministro de Granada, que responsabiliza os países causadores da crise climática pelos danos sofridos pelas nações vulneráveis como a sua. A reconstrução e a recuperação das áreas afetadas serão desafios árduos nos próximos dias.

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