Segundo os pesquisadores, essa pintura é a evidência mais antiga de uma narrativa, demonstrando que a contação de histórias faz parte da história da humanidade há muito mais tempo do que se imaginava. O uso de pigmentos vermelhos e a representação dos seres humanos ao redor do javali sugerem uma narrativa complexa por trás da arte rupestre.
Para estabelecer a datação precisa da pintura, os arqueólogos utilizaram um novo método que envolve lasers e softwares avançados. Este método é muito mais preciso, rápido e econômico do que os métodos anteriores, permitindo determinar que a obra é datada de pelo menos 51.000 anos, ultrapassando a barreira dos 50.000 anos pela primeira vez na história.
A descoberta desse novo achado na Indonésia lança luz sobre a pré-história da região e a forma como a arte foi utilizada pelos primeiros grupos humanos que habitaram a área. A pintura rupestre, apesar de danificada, revela um grupo de humanos cercando um javali, o que indica uma possível cena de caça.
Esse achado impressionante reforça a ideia de que a arte narrativa pode ter surgido na África há mais de 50.000 anos atrás e se espalhado pelo mundo à medida que os humanos se dispersaram. A descoberta também gera questionamentos sobre a ausência de arte rupestre em outras regiões por todos esses milênios, indicando a possibilidade de que mais pinturas e narrativas antigas estejam aguardando para serem descobertas.