Durante uma coletiva de imprensa em Jerusalém, De Domenico ressaltou que a situação é inaceitável e que a assistência humanitária é uma obrigação que deve ser respeitada por todas as partes envolvidas no conflito entre Israel e os grupos armados palestinos em Gaza. O chefe do OCHA nos Territórios Ocupados destacou que Gaza é o único lugar no mundo onde as pessoas não conseguem encontrar um lugar seguro e não podem deixar a linha de frente.
De acordo com De Domenico, a população de Gaza necessita de água, abrigo, alimentos, assistência médica, higiene e proteção, além de combustível para fornecer muitos desses serviços. Ele frisou que 9 em cada 10 pessoas em Gaza foram deslocadas pelo menos uma vez, o que reflete a gravidade da situação no território.
O chefe do escritório da ONU também manifestou preocupação com a falta de recursos para as operações humanitárias em Gaza. Dos US$ 3,4 bilhões necessários, apenas 35% foram recebidos até o momento. Ele ressaltou que não será possível ampliar as operações para o nível necessário sem a mobilização dos recursos.
Por fim, De Domenico enfatizou que o verdadeiro problema que contribui para o sofrimento em Gaza é político e que uma solução logística não será suficiente para resolver a crise humanitária. Ele destacou a importância de reiniciar as operações da ONU e seus parceiros e incentivou a população a se reinventar para lidar com condições “além da imaginação”. A situação em Gaza é crítica e requer atenção urgente.