Presidente boliviano classifica homólogo argentino como “conflituoso” e não colaborador da “boa vizinhança”, desencadeando crise diplomática.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, criticou fortemente seu homólogo argentino, Javier Milei, em declarações feitas nesta quarta-feira. Arce classificou Milei como um presidente conflituoso que não colabora para a harmonia na vizinhança. Essas declarações surgiram em meio a uma escalada de tensões entre os dois países sul-americanos.

As tensões entre Bolívia e Argentina se intensificaram após Milei afirmar que o governo boliviano teria feito uma “falsa denúncia” sobre a tentativa de golpe militar fracassada na semana passada. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores boliviano rejeitou veementemente as declarações consideradas “inamistosas e temerárias” do governo argentino. Como consequência, os embaixadores de ambos os países foram convocados para consultas.

A situação diplomática se agrava diante do contexto político envolvendo os presidentes Arce e Milei. Enquanto Arce é apoiado por governos de esquerda na região, como Evo Morales, Milei representa uma vertente ultraliberal e mantém relações tensas com esses governos. Os embates entre os dois líderes têm refletido nos posicionamentos dos países.

A crise atinge seu ápice com as declarações do ex-chefe do Exército boliviano, general Juan José Zúñiga, detido sob a acusação de liderar a mobilização militar que cercou o palácio presidencial. Zúñiga afirmou que agiu a pedido de Arce para aumentar sua popularidade, o que foi negado pelo presidente boliviano. Essas acusações têm gerado incertezas e controvérsias em relação aos eventos da tentativa de golpe.

Diante desse cenário complexo, a relação entre Bolívia e Argentina se deteriora, com acusações mútuas e as consequentes repercussões diplomáticas. A instabilidade política na região sul-americana ganha destaque diante das tensões entre os dois países vizinhos, deixando em aberto o desfecho dessa crise diplomática.

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