Putin e Xi Jinping fortalecem aliança antiocidental em cúpula na Ásia Central: “melhor momento da história”

Líderes de grandes potências globais se reuniram nesta quarta-feira (3) no Cazaquistão para discutir e fortalecer suas alianças antiocidentais. O presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, se encontraram em Astana, capital da principal economia da Ásia Central, à margem da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCS).

Ambos os líderes exaltaram seus esforços para aprofundar os laços entre as duas nações e enfatizaram a importância de sua parceria estratégica. Putin destacou que as relações russo-chinesas passam pelo melhor momento de sua história e que a OCS se consolidou como um dos pilares chave de uma ordem mundial multipolar.

A reunião entre Putin e Xi ocorre em um momento de intensificação dos conflitos geopolíticos, especialmente após a invasão russa à Ucrânia, que levou o presidente russo a buscar apoio na China. A OCS, composta por países como Índia e Irã, representa 40% da população mundial e 30% do PIB global.

Além disso, os líderes discutiram a influência na Ásia Central, uma região rica em recursos naturais e fundamental para o transporte de mercadorias entre a Europa e a Ásia. Rússia e China, apesar de buscarem uma frente comum contra os países ocidentais, historicamente disputam pela influência nessa região.

Outro destaque do encontro foi a presença do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que propôs sua mediação para encerrar o conflito na Ucrânia. Erdogan assegurou a Putin que a Turquia pode ajudar a estabelecer as bases para um cessar-fogo e um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.

A adesão formal de Belarus à OCS também foi discutida e deve ser concretizada no final da cúpula. O presidente bielorrusso afirmou que o bloco demonstra ao mundo a existência de outros centros de poder onde os interesses de todos os Estados são respeitados.

Em suma, a reunião entre os líderes globais ratifica a busca por alianças estratégicas e o fortalecimento de relações antiocidentais em um cenário geopolítico cada vez mais complexo e conflituoso.

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