Desde a invasão russa ocorrida em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem conseguido manter a frota russa do Mar Negro afastada, realizando ataques a navios e bases russas por meio de mísseis, drones navais e drones aéreos. Um exemplo disso foi o ataque a uma ponte estratégica que ligava o território russo à península da Crimeia, anteriormente anexada pela Rússia.
Em decorrência desses ataques, os navios de guerra russos retrocederam da região nos anos de 2022 e 2023, permitindo à Ucrânia reabrir rotas marítimas para exportação de produtos agrícolas. No entanto, o recente ataque de drones navais demonstra a capacidade ucraniana de enviar esse tipo de equipamento até a costa russa de forma discreta e difícil de detectar.
A incursão dos drones navais ocorreu a centenas de quilômetros de áreas sob controle ucraniano, indicando que os equipamentos conseguiram atravessar setores do Mar Negro que, teoricamente, estariam sob controle russo. Esse fato reforça a habilidade da Ucrânia em realizar esse tipo de operação, mesmo em território considerado seguro para os russos.
A situação no Mar Negro segue tensa e a troca de ataques entre Ucrânia e Rússia parece longe de chegar a um fim. A comunidade internacional segue atenta a esses confrontos, que têm gerado preocupação em relação a uma possível escalada do conflito na região.