Essa indagação surge de um campo de pesquisa que tem ganhado destaque nos últimos anos, à medida que os cientistas exploram a relação entre longevidade e saúde das mulheres. Descobriram que o aparelho reprodutor feminino desempenha um papel crucial em diversos aspectos da saúde da mulher, indo além de apenas a reprodução.
Os ovários, em particular, são órgãos essenciais que parecem influenciar quase todos os aspectos da saúde feminina. Com o avanço da idade, a função dos ovários diminui e as mulheres entram na menopausa, contribuindo para um aceleramento do processo de envelhecimento e uma maior vulnerabilidade a doenças relacionadas, como problemas cardíacos e demência.
A iniciativa liderada por Jill Biden conta com um financiamento de US$ 100 milhões, destinado a pesquisadores e startups que buscam investigar maneiras de prolongar a função ovariana e potencialmente alterar o curso da saúde feminina. O objetivo é estabelecer uma conexão entre a menopausa e a longevidade, atraindo mais investimentos e cientistas talentosos para esse campo de estudo.
Experimentos com animais, como camundongos e gatos, têm indicado que a prolongação da função ovariana pode melhorar a saúde e aumentar a longevidade. Startups como a Oviva Therapeutics estão testando formas de retardar a menopausa em mulheres, como a utilização do hormônio antiMülleriano e do medicamento imunossupressor rapamicina.
Esses estudos visam compreender melhor o processo de envelhecimento dos ovários, o impacto na saúde feminina e abrir caminho para possíveis descobertas sobre a longevidade em geral. A investigação nesse campo promissor pode não apenas beneficiar as mulheres, mas também contribuir para o conhecimento sobre o envelhecimento do corpo humano como um todo.