Em declaração à imprensa, o presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, afirmou: “Conseguimos aprovar o projeto de lei que é a adesão da Bolívia ao Mercosul (…), já está sancionada a lei e assegurada sua promulgação imediata”.
Após a luz verde da Câmara dos Deputados em junho, o Senado também aprovou a medida na noite de quarta-feira. A Presidência não especificou quando a lei será promulgada por Arce.
O presidente Arce tem uma agenda movimentada nos próximos dias, incluindo sua participação na cúpula do Mercosul no Paraguai no domingo e um encontro com o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira, em Santa Cruz.
A adesão da Bolívia como membro pleno do bloco, fundado em 1991 por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, será formalizada durante a cúpula. A aprovação do Senado foi o último passo para a integração da Bolívia ao Mercosul, que já havia sido ratificada pelos países-membros.
Uma vez ratificado pela Bolívia, o Protocolo entrará em vigor em 30 dias, abrindo novas oportunidades de comércio e investimento, além de cooperação em temas sociais, segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
O chanceler paraguaio, Rubén Ramírez, destacou que a adesão da Bolívia é mais um passo na integração regional. A decisão do Parlamento boliviano foi celebrada pelos países membros do Mercosul e pela presidência rotativa do Paraguai.
Arce continua conduzindo suas atividades na Praça das Armas de La Paz, após um episódio de instabilidade política que resultou na destituição e prisão do comandante do Exército, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado. Este evento recente coloca em destaque a importância da adesão da Bolívia ao Mercosul em meio a um cenário desafiador.
