Durante a audiência, os especialistas presentes ressaltaram a importância da integração de informações de diferentes fontes, como redes sociais, empresas de telefonia e cartórios, para auxiliar na localização e identificação de pessoas desaparecidas. O defensor público-geral da União, Leonardo Cardoso de Magalhães, destacou a necessidade de investir em programas de inteligência que possam promover uma busca mais eficaz e rápida.
A delegada Larissa Miranda, representante da Polícia Federal, reforçou a importância da integração, mencionando que apenas no primeiro semestre deste ano a instituição recebeu 1.439 mil pedidos de informações sobre desaparecidos. Outros profissionais presentes na audiência ressaltaram a urgência de criar bancos de dados unificados para facilitar a localização e identificação das vítimas.
O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Willy Hauffe, alertou para a falta de investimentos em ferramentas que poderiam auxiliar na identificação de pessoas desaparecidas, destacando a importância do Banco Nacional de DNA nesse processo. A falta de recursos humanos e investimentos em tecnologia também foi mencionada como um desafio a ser superado.
Dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública mostram que foram registrados mais de 82 mil casos de pessoas desaparecidas em 2023, com uma média de 200 notificações por dia no primeiro semestre deste ano. Durante a audiência, foram compartilhadas experiências bem-sucedidas de integração, como o Alerta Amber e o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid).
A audiência pública evidenciou a importância da integração de bancos de dados e o investimento em tecnologia e recursos humanos para a busca e identificação de pessoas desaparecidas. A troca de informações entre órgãos públicos e a utilização de ferramentas tecnológicas podem contribuir significativamente para aumentar a eficácia das medidas de busca e localização de desaparecidos.
