Durante o primeiro turno das eleições, realizado em 30 de junho, a legenda de Le Pen e seus aliados obtiveram um terço dos votos, superando a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e a aliança de centro-direita do presidente Emmanuel Macron. Com isso, Le Pen se mantém confiante na possibilidade de alcançar a maioria absoluta no segundo turno das legislativas.
No entanto, a extrema direita enfrenta a resistência da esquerda e da base governista, que construíram uma “frente republicana” para evitar a chegada da ultradireita ao poder. Essa frente implica na retirada de candidatos com menos chances de vitória para fortalecer as alianças progressistas contra Le Pen.
Le Pen criticou o presidente Macron, acusando-o de aspirar a um “partido único” para manter o poder contra a vontade do povo. Além disso, a líder ultradireitista também comentou sobre os candidatos de seu partido que foram acusados de declarações racistas ou antissemitas, diferenciando os comentários inaceitáveis dos meramente impróprios, em meio a um ambiente de pressão por parte da imprensa.
Com apenas três dias restantes para o segundo turno das eleições legislativas na França, o cenário político continua incerto e a batalha pela maioria no parlamento permanece intensa. A decisão final ficará nas mãos dos eleitores, que terão que escolher entre manter o status quo ou optar por uma mudança representada por Marine Le Pen e seu partido.