Cultivada no Brasil desde a década de 1990, a Kappaphycus possui diversas aplicações, incluindo a produção de bioestimulantes, cosméticos e medicamentos. Pesquisadores destacaram os benefícios da alga, que é acumuladora de potássio, um material amplamente utilizado na fertilização do solo, mas que o Brasil importa em grande quantidade.
Durante o debate, o senador Jorge Seif sugeriu a destinação de uma emenda para financiar pesquisas na área e impulsionar o crescimento da produção. Segundo o pesquisador David Campos, a Kappaphycus tem potencial para contribuir com o Plano Nacional de Fertilizantes, ajudando o país a se livrar da dependência de importações.
Além dos benefícios comerciais, a alga também pode influenciar positivamente no equilíbrio ambiental, melhorando a qualidade da água, absorvendo CO2 e contribuindo para a fixação de carbono. A facilidade de cultivo em “fazendas marinhas” e a rápida reprodução da alga são vantagens apontadas pelos participantes da audiência.
Diante do potencial da Kappaphycus, o senador Flavio Azevedo defendeu a ampliação da área produtiva da alga, especialmente no Nordeste do Brasil. A audiência pública evidenciou a importância de investir em pesquisas e incentivar a produção da alga para reduzir a dependência do país em fertilizantes importados.