Durante o discurso na cúpula, Putin destacou a importância do grupo em garantir a segurança de seus membros. Ele afirmou que a Organização de Cooperação de Xangai formará um centro dedicado para coordenar a resposta a diversos desafios de segurança, além de aprovar um programa especial para combater o separatismo e o extremismo.
Por sua vez, Xi Jinping convocou os membros da organização a demonstrarem solidariedade diante dos desafios de intervenção e polarização. O presidente chinês enfatizou a necessidade de proteger o resultado final da segurança diante da ameaça real da mentalidade da Guerra Fria.
Criada em 2001 pela China, Rússia e quatro nações ex-soviéticas da Ásia Central, a Organização de Cooperação de Xangai visa promover a segurança regional e a cooperação econômica. Com o passar do tempo, Índia, Paquistão e Irã também se juntaram ao grupo, e Belarus, vizinha e aliada da Rússia, tornou-se membro recentemente. Além disso, a organização conta com estados observadores e parceiros de diálogo como Turquia, Arábia Saudita e Egito.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, que está visitando a Ásia Central, também marcou presença na cúpula. Putin aproveitou o evento para demonstrar o fracasso dos esforços ocidentais para isolar a Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022.
Durante sua fala, o presidente russo reiterou que as hostilidades podem terminar se a Ucrânia retirar suas tropas das regiões anexadas por Moscou em 2022 e desistir de ingressar na Otan. Porém, Kiev e seus aliados rejeitam a ideia.
Putin e Xi Jinping se reuniram previamente, onde o presidente russo destacou a importância da Organização de Cooperação de Xangai como um dos pilares principais de uma ordem global justa e multipolar. Ele ressaltou que os laços entre Moscou e Pequim estão no seu melhor período de toda a história.
