A trajetória dos últimos quatro antecessores de Sunak, que comandaram o partido e o país por 14 anos, foi pautada por questões cruciais como o Brexit, a pandemia de Covid-19 e a escalada da inflação. David Cameron iniciou esse ciclo em 2010, surfando na impopularidade dos trabalhistas em meio a um cenário político conturbado. A promessa de um referendo sobre a permanência na UE dividiu o partido e culminou na decisão de saída do bloco em 2016.
Theresa May, que sucedeu Cameron, enfrentou dificuldades para cumprir a promessa do Brexit, sofrendo pressões internas e externas. Boris Johnson assumiu então com uma vitória confortável nas eleições de 2019, mas logo enfrentou a crise da Covid-19 e uma recessão econômica. O escândalo do “partygate” levou sua renúncia em 2022, abrindo espaço para Liz Truss.
A breve passagem de Truss pelo cargo de premiê foi marcada por medidas polêmicas, como cortes bilionários de impostos. Sua renúncia após pressões do mercado abriu caminho para Sunak, que assumiu com a promessa de controlar a inflação e a imigração ilegal. Após cumprir parte de suas promessas, Sunak antecipou as eleições parlamentares diante da pressão da extrema-direita liderada por Nigel Farage.
O cenário político do Reino Unido segue instável, com trocas de liderança e desafios econômicos a serem enfrentados pelo novo governo. A atuação de Sunak será decisiva para estabilizar o país e retomar a confiança da população em meio aos desafios que se apresentam.
