Segundo o comunicado divulgado pelo Vaticano, as declarações públicas de Vigano mostraram sua negativa em unir-se aos membros da Igreja, o que levou à decisão excepcional de excomungá-lo. Essa ação pode ter um grande impacto nos círculos ultraconservadores, especialmente nos Estados Unidos, onde a oposição ao papado de Francisco é intensa.
O arcebispo italiano foi enviado pela Santa Sé aos Estados Unidos, onde anunciou ter sido citado em 20 de junho perante a Justiça do Vaticano sob acusações de negar a legitimidade do papa Francisco e rejeitar o Concílio Vaticano II. Vigano chegou a afirmar que Bergoglio, como ele chamava o papa, tinha uma gestão absolutamente tirânica do poder e que as acusações apresentadas contra ele eram um horror.
Vigano é conhecido por suas repetidas críticas ao papa e por suas posições contra a autoridade papal. Ele ocupou o cargo de núncio apostólico, o equivalente ao legado da Santa Sé em Washington, de 2011 a 2016, antes de se aposentar. O Concílio Vaticano II, considerado uma adaptação da Igreja ao mundo moderno, foi rejeitado por Vigano, que o descreveu como um “câncer ideológico, teológico, moral e litúrgico”.
Essa decisão do Vaticano em excomungar um arcebispo é um acontecimento raro e certamente dará muito o que falar nos círculos mais conservadores da Igreja Católica.