Segundo a proposta, a implantação da cota seria feita de forma gradual ao longo de três anos, com a indicação de 10% dos cargos destinados às mulheres a cada ano. Essa medida tem como objetivo garantir que as mulheres tenham voz e representatividade nos processos de tomada de decisão das estatais, contribuindo para a diversidade e a inclusão no ambiente empresarial.
A discussão sobre a reserva de vagas para mulheres em conselhos de administração não é nova e tem sido tema de debates em diferentes esferas. Defensores da proposta argumentam que a presença feminina nessas instâncias contribui para a construção de ambientes mais igualitários e fomenta a implementação de políticas internas mais inclusivas.
No entanto, críticos da medida levantam questionamentos sobre a eficácia da cota e a possibilidade de criação de quotas para outros grupos minoritários. Ainda assim, a expectativa é de que o projeto seja analisado com cuidado pela CCJ, levando em consideração os impactos positivos e negativos que a sua implementação pode trazer.
O debate em torno do PL 1246/2021 promete mobilizar diferentes setores da sociedade e trazer à tona reflexões importantes sobre a necessidade de ampliar a representatividade das mulheres nos espaços de poder. Resta aguardar as próximas etapas da tramitação do projeto e acompanhar de perto as discussões que serão geradas em torno desse tema tão relevante para a promoção da igualdade de gênero no mundo corporativo.