Comunidade LGBTQIAPN+ enfrenta intolerância em San Salvador enquanto busca segurança e acolhimento em missa improvisada.

Em meio a um cenário de crescente intolerância e discriminação contra a comunidade LGBTQIAPN+, um pequeno grupo de pessoas encontrou na Comunidade Santa María Magdalena um refúgio seguro. Em uma garagem em San Salvador, cerca de 15 membros da comunidade LGBTQIAPN+ se reúnem para celebrar uma missa improvisada, onde cantam canções, comungam e ouvem trechos da Bíblia, em um ambiente acolhedor e livre de julgamentos.

Para Fiorella Turchkeim, psicóloga de 30 anos, e Andrea Ordóñez, farmacêutica da mesma idade, este espaço representou uma trégua em meio ao clima de intolerância que tem se intensificado no país. O presidente Nayib Bukele, reeleito recentemente, adotou uma postura conservadora que tem restringido cada vez mais os direitos e espaços da comunidade LGBTQIAPN+.

Recentemente, o governo de Bukele demitiu 300 funcionários do Ministério da Cultura por promoverem o que consideram “agendas incompatíveis” com sua visão, que tem sido celebrada por alguns como uma defesa da “família tradicional” e da “vida”. Além disso, políticas conservadoras têm sido adotadas em diversas áreas, como na educação e na saúde, prejudicando diretamente a comunidade LGBTQIAPN+.

O clima de perseguição e discriminação promovido pelo governo e segmentos conservadores da sociedade tem levado pessoas como Turckheim e Ordóñez a se unirem em marchas e manifestações, buscando exigir respeito e igualdade para a diversidade sexual. No entanto, a batalha ainda é longa, e casais como elas ainda enfrentam obstáculos, como a impossibilidade de se casar em seu próprio país.

Diante desse contexto desafiador, a Comunidade Santa María Magdalena se destaca como um espaço de resistência e acolhimento para aqueles que se sentem excluídos e discriminados. Mesmo enfrentando retrocessos e ataques, a comunidade LGBTQIAPN+ demonstra determinação em lutar por seus direitos e por um mundo mais inclusivo e igualitário.

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