Um estudo realizado pela Mapbiomas apontou que existem áreas sensíveis aos incêndios, mesmo considerando que o bioma convive com o fogo. Esta iniciativa, que reúne organizações não governamentais, universidades e empresas de tecnologia, lançará uma plataforma dedicada à degradação das áreas florestais nesta sexta-feira (5). Os dados, mapas e códigos produzidos serão disponibilizados gratuitamente para a população em geral.
As áreas degradadas são definidas como regiões que não foram completamente desmatadas, mas estão sofrendo alterações significativas em sua composição biológica. Diferentes fatores são considerados, como o tamanho e isolamento dos fragmentos florestais, a frequência de queimadas, a invasão por espécies exóticas e o pisoteio por rebanhos.
Recentemente, o Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registrou a maior média de área queimada desde 2012. Em apenas um mês, mais de 411 mil hectares foram consumidos pelo fogo, ultrapassando a média histórica para a região.
A Polícia Federal está investigando a origem de alguns incêndios, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, declarou que 85% dos incêndios ocorrem em terras privadas.
O levantamento da Mapbiomas revelou que um quarto da vegetação nativa do Brasil pode estar sujeita à degradação, com a Mata Atlântica sendo o bioma mais degradado proporcionalmente. A Amazônia e o Cerrado também apresentam áreas significativas degradadas, evidenciando a urgência de ações para preservar o meio ambiente no país.