Gómez chegou ao tribunal no norte de Madri momentos antes da audiência, tentando passar despercebida entre os inúmeros jornalistas aglomerados na porta. Fora do tribunal, manifestantes erguiam bandeiras da Espanha e cartazes chamando Gómez de “mafiosa”. O foco do caso está nos contratos públicos concedidos ao empresário Juan Carlos Barrabés, que tinha relações profissionais com Begoña Gómez.
Apesar das acusações, Pedro Sánchez defende a inocência de sua esposa, afirmando que não há evidências contra ela e que o caso faz parte de uma estratégia judicial para minar seu governo de esquerda. O advogado de Gómez garantiu que ela está bem, mas a situação não é agradável para ninguém.
A oposição de direita tem usado o caso como munição política, atacando Sánchez e questionando sua conduta diante das denúncias envolvendo sua família. A porta-voz do governo reiterou que as acusações são baseadas em denúncias falsas de organizações ligadas à extrema direita. O adiamento do depoimento foi criticado pelo ministro da Justiça, que destacou a sensação de indefesa de Gómez diante da prolongação do caso.
Em abril, o anúncio da investigação preliminar contra Gómez causou um terremoto político na Espanha, levando Sánchez a considerar renunciar. No entanto, ele decidiu permanecer no poder após cinco dias de reflexão. A situação continua gerando controvérsia e pressão sobre o governo espanhol, que enfrenta um dos momentos mais delicados do mandato de Pedro Sánchez.