Depoimento de Begoña Gómez é adiado para julho, prolongando pesadelo para Pedro Sánchez em caso de corrupção e tráfico de influências.

O depoimento de Begoña Gómez, esposa do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, foi adiado para 19 de julho. Ela está sendo investigada por suposta corrupção e tráfico de influências, em um caso que vem se tornando um verdadeiro pesadelo para o presidente. A audiência teve início com a alegação do advogado de Gómez de que não havia sido notificado de uma das denúncias contra sua cliente, o que levou o juiz a suspender o depoimento para que a defesa pudesse se preparar adequadamente.

Gómez chegou ao tribunal no norte de Madri momentos antes da audiência, tentando passar despercebida entre os inúmeros jornalistas aglomerados na porta. Fora do tribunal, manifestantes erguiam bandeiras da Espanha e cartazes chamando Gómez de “mafiosa”. O foco do caso está nos contratos públicos concedidos ao empresário Juan Carlos Barrabés, que tinha relações profissionais com Begoña Gómez.

Apesar das acusações, Pedro Sánchez defende a inocência de sua esposa, afirmando que não há evidências contra ela e que o caso faz parte de uma estratégia judicial para minar seu governo de esquerda. O advogado de Gómez garantiu que ela está bem, mas a situação não é agradável para ninguém.

A oposição de direita tem usado o caso como munição política, atacando Sánchez e questionando sua conduta diante das denúncias envolvendo sua família. A porta-voz do governo reiterou que as acusações são baseadas em denúncias falsas de organizações ligadas à extrema direita. O adiamento do depoimento foi criticado pelo ministro da Justiça, que destacou a sensação de indefesa de Gómez diante da prolongação do caso.

Em abril, o anúncio da investigação preliminar contra Gómez causou um terremoto político na Espanha, levando Sánchez a considerar renunciar. No entanto, ele decidiu permanecer no poder após cinco dias de reflexão. A situação continua gerando controvérsia e pressão sobre o governo espanhol, que enfrenta um dos momentos mais delicados do mandato de Pedro Sánchez.

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