Iranianos decidem futuro presidencial em segundo turno marcado por apatia e tensões regionais. Resultado será anunciado no sábado.

Nesta sexta-feira (5), os iranianos estão indo às urnas para o segundo turno da eleição presidencial, em um teste à popularidade dos governantes clericais em um cenário de apatia por parte dos eleitores. Em meio a tensões regionais e impasses com o Ocidente sobre o programa nuclear de Teerã, a votação é um processo crucial para o futuro do país.

De acordo com informações da TV estatal, as seções eleitorais abriram às 8h (horário local) e o processo de votação deve se estender até a meia-noite. O resultado final será anunciado no sábado, mas números iniciais podem ser divulgados antes disso.

O segundo turno vem após uma primeira rodada realizada em 28 de junho, que teve uma participação historicamente baixa. Mais de 60% dos eleitores iranianos se abstiveram de votar para escolher o sucessor de Ebrahim Raisi, que faleceu em um acidente de helicóptero. Essa baixa participação é interpretada por críticos como um voto de desconfiança na República Islâmica.

A disputa no segundo turno é entre o parlamentar moderado Masoud Pezeshkian e o ex-negociador nuclear linha-dura Saeed Jalili. Embora a eleição não deva ter um grande impacto nas políticas do país, o presidente eleito terá influência na escolha do sucessor do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

O comparecimento às urnas tem sido motivo de preocupação, uma vez que tem diminuído nos últimos anos. Apesar disso, os relatos iniciais indicam uma maior participação em comparação com o primeiro turno da eleição, o que pode ser um sinal de maior interesse por parte dos eleitores.

Em um momento de incertezas e desafios para o Irã, a eleição presidencial é vista como uma oportunidade para os cidadãos expressarem suas preferências e influenciarem o futuro do país. Acompanharemos de perto os desdobramentos desse processo eleitoral e os impactos que poderão ter na política nacional e internacional.

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