Além disso, mais 3.095 indivíduos tiveram suas avaliações finalizadas em junho, garantindo o direito de acesso aos recursos para um total de 5.459 novos beneficiários. Esses números foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (3), entidade responsável por administrar o PTR e as questões relacionadas às reparação dos danos ocorridos em Brumadinho.
O rompimento da barragem, que ocorreu em janeiro de 2019, resultou em 272 vítimas fatais e causou impactos ambientais e socioeconômicos significativos em várias localidades situadas na bacia do Rio Paraopeba, em Minas Gerais. Diante desse cenário, o PTR foi estabelecido como uma das medidas de compensação, com a destinação total de R$ 37,68 bilhões para diferentes ações pactuadas.
A gestão do PTR foi atribuída à FGV em 2021, por meio de um processo seletivo público realizado em conjunto pelas entidades envolvidas. Sob a administração da FGV, mais de 40 mil pessoas das regiões afetadas foram incluídas no programa, somando um total de mais de 140 mil beneficiários.
Os critérios para o recebimento do auxílio foram definidos de acordo com a faixa etária e a proximidade com a barragem, sendo determinado que todas as pessoas que residissem no entorno de 1 quilômetro da calha do Rio Paraopeba pudessem ser beneficiadas. No decorrer de 2023, houve uma ampliação desses critérios, incluindo comunidades tradicionais afetadas, como indígenas e quilombolas.
Com a implementação do PTR, a revisão dos parâmetros de inclusão e exclusão dos beneficiários foi realizada pelas instituições de Justiça responsáveis, visando garantir que a ajuda financeira fosse direcionada para aqueles que realmente necessitavam. Essa reavaliação tornou possível a inclusão de milhares de novos atingidos no programa, fortalecendo a eficiência e a transparência do processo de reparação.