Promotoria do Supremo da Espanha recorre de decisão de juiz sobre anistia de líder separatista catalão Carles Puigdemont

A promotoria do Supremo Tribunal da Espanha entrou com um recurso para contestar a decisão de um juiz que se recusou a aplicar a Lei de Anistia no caso do líder separatista catalão Carles Puigdemont. O juiz havia negado a aplicação da anistia ao suposto crime de peculato cometido por Puigdemont e outros dois líderes separatistas foragidos no exterior.

Segundo a promotoria, o Ministério Público discordou da interpretação do juiz e solicitou a revogação das ordens de prisão contra Puigdemont e os outros dois líderes caso eles entrem na Espanha. A decisão do juiz Pablo Llarena de não conceder anistia a Puigdemont foi considerada um retrocesso em relação à lei promovida pelo governo do socialista Pedro Sánchez.

Carles Puigdemont é investigado por peculato, desobediência e terrorismo, este último por sua participação nos distúrbios nas ruas catalãs em 2019. Desde a tentativa fracassada de secessão em 2017, Puigdemont está sendo procurado pela Justiça espanhola. O juiz Llarena alega que as contribuições de dinheiro público para a tentativa de secessão podem ter beneficiado os suspeitos, o que justifica a manutenção da ordem de prisão contra Puigdemont.

Além disso, o processo pelo crime de terrorismo que Puigdemont responde está tramitando em outra instância judicial. Após o anúncio da decisão do juiz, Puigdemont reagiu de forma irônica nas redes sociais, fazendo um trocadilho com os trajes usados pelos magistrados e a máfia siciliana Cosa Nostra.

A batalha legal em torno do caso de Puigdemont continua, com a promotoria buscando reverter a decisão do juiz e Puigdemont mantendo sua postura desafiadora. A Espanha segue acompanhando de perto as reviravoltas no processo contra o líder separatista catalão.

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