Talco é classificado como provavelmente cancerígeno pela OMS, enquanto composto utilizado na produção de polímeros também é considerado cancerígeno

Especialistas do Centro Internacional de Pesquisa do Câncer (CIRC/IARC), com sede em Lyon, na França, trouxeram à tona novas classificações sobre substâncias cancerígenas nesta semana. O talco, um mineral natural amplamente utilizado em produtos cosméticos e pós corporais, foi listado como “provavelmente cancerígeno” para seres humanos, de acordo com a agência de câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Essa decisão baseia-se em estudos parciais em humanos, especificamente relacionados ao câncer de ovário, juntamente com evidências de testes em animais de laboratório. Os especialistas alertam que a exposição ao talco, que geralmente ocorre durante processos industriais ou na fabricação de produtos contendo talco, representa um risco para a saúde humana.

É importante ressaltar que essa avaliação se concentrou no talco que não contém amianto, porém não foi totalmente descartada a possibilidade de contaminação por essa substância em muitos estudos revisados. Em junho deste ano, a gigante farmacêutica Johnson & Johnson chegou a um acordo com autoridades de 42 estados dos Estados Unidos em relação a processos judiciais que alegavam que o talco da empresa estava ligado ao desenvolvimento de câncer.

Além disso, o composto acrilonitrila, usado na produção de polímeros amplamente presentes em fibras têxteis, plásticos e peças automotivas, também foi classificado como cancerígeno pela agência da OMS. A presença desse composto na fumaça do cigarro e na poluição do ar contribui para a exposição das pessoas a essa substância nociva.

Essas novas informações trazem à tona questões importantes sobre a segurança e os riscos para a saúde associados a substâncias comuns em nosso dia a dia. A conscientização e a regulação adequada são essenciais para proteger a população e garantir a saúde pública.

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