Transferência de Adélio Bispo para Minas Gerais é suspensa pelo STJ devido a conflito de competência entre juízos.

Após ter sido responsável por desferir uma facada no então candidato à Presidência Jair Bolsonaro em 2018, Adélio Bispo teve sua transferência para Minas Gerais suspensa pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Atualmente, Adélio permanece na Penitenciária Federal de Campo Grande, localizada no estado do Mato Grosso do Sul. A Defensoria Pública da União (DPU) alega que a transferência foi impedida devido a um conflito de competência entre as varas judiciais envolvidas no caso.

O juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande entende que a competência para determinar as providências necessárias para receber Adélio é da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Entretanto, a vara mineira alegou que não havia vaga disponível no hospital de custódia do estado e que as unidades médico-psiquiátricas penais não seriam capazes de fornecer a assistência adequada a Adélio.

Em fevereiro, a Justiça havia determinado a transferência de Adélio para um estabelecimento psiquiátrico em Minas Gerais. O processo criminal que o condenou também o considerou inimputável devido a transtornos mentais.

Enquanto aguarda uma resolução para a questão, Adélio permanece na penitenciária em Campo Grande. A Defensoria Pública da União defende que ele não deve continuar em um ambiente exclusivamente prisional e invoca uma lei de 2001 que garante a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais.

Além disso, a DPU informou que levou o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), um órgão do Sistema Interamericano de Direitos Humanos. A instituição ressaltou que presta assistência jurídica a Adélio desde 2019, atuando com base nos princípios dos direitos humanos e na defesa dos direitos fundamentais de seus assistidos. A alegação de falta de vagas no sistema público de saúde, segundo a DPU, não justifica a permanência de Adélio por tempo indeterminado em um ambiente exclusivamente prisional.

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