A entrega do relatório físico do caso pela PF ao protocolo do Supremo na última sexta-feira (5) gerou grande repercussão. Antes disso, o conteúdo do documento já havia sido divulgado pela imprensa, causando desconforto no gabinete do ministro Moraes. A Corte emitiu uma nota para negar que tivesse recebido o relatório antes do vazamento.
Entre os indiciados estão o tenente-coronel Mauro Cid, seu pai, o general de Exército Mauro Lourenna Cid, além de Osmar Crivelatti, Marcelo Câmara, Fábio Wajngarten e Frederick Wassef. Moraes determinou que os advogados tenham acesso integral ao indiciamento e encaminhou o processo para análise da Procuradoria Geral da República dentro de 15 dias.
O ministro considerou que, após a entrega do relatório final pela PF, não havia mais motivo para manter o sigilo sobre o inquérito. A investigação aponta para a existência de uma organização criminosa voltada para desviar presentes dados a autoridades brasileiras por outros países. No caso das joias, a suspeita é de uma tentativa de ocultação e posterior recuperação após apreensão pela Receita Federal.
A íntegra do relatório da Polícia Federal ainda não está disponível no sistema do Supremo, mas a Corte garantiu que será divulgado ao público em breve. Após o vazamento de trechos na imprensa, o advogado de Bolsonaro optou por não se manifestar até ter acesso ao documento. A Agência Brasil está em contato com as demais defesas dos indiciados para obter seus posicionamentos.
Essa decisão de Moraes marca mais um capítulo no desenrolar desse caso que tem levantado questionamentos e gerado polêmica na esfera política brasileira. O desfecho das investigações e as medidas a serem tomadas pela PGR nos próximos dias serão acompanhadas de perto pela sociedade e pelos meios de comunicação.
