Proposta de instalação de bancos vermelhos em espaços públicos é aprovada para fortalecer campanha de proteção à mulher no Brasil.

Na última terça-feira (9), a Comissão de Educação e Cultura (CE) aprovou o Projeto de Lei 147/2024, que propõe a inclusão da ocupação urbana “Banco Vermelho” na campanha “Agosto Lilás”, mês de proteção à mulher. Inspirada em uma iniciativa internacional, a proposta visa instalar bancos vermelhos em locais públicos com mensagens de reflexão e informações sobre canais de ajuda e denúncia relacionados ao feminicídio.

A ideia do Banco Vermelho teve início na Itália, em 2016, e foi trazida ao Brasil por Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que perderam amigas vítimas de feminicídio. A iniciativa consiste na instalação de pelo menos um banco vermelho em espaços de grande circulação, como forma de conscientizar a população sobre a violência contra a mulher.

O projeto aprovado pela CE altera a Lei nº 14.448, de 2022, que estabelece o Agosto Lilás como mês de proteção à mulher. Além de incluir o Banco Vermelho na campanha, a proposta prevê a realização de ações de capacitação em locais movimentados e a premiação dos melhores projetos de conscientização e combate à violência contra a mulher.

Segundo a senadora Jussara Lima (PSD-PI), relatora do projeto, o número de registros de feminicídio tem aumentado no Brasil desde a tipificação do crime em 2015. Apenas em 2023, foram registradas 1.463 vítimas. Ela ressalta a importância do projeto como complemento às medidas existentes e como uma forma de ampliar a conscientização e prevenção da violência contra a mulher.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) celebrou a aprovação do projeto e expressou seu desejo de ver o Banco Vermelho em todas as praças do Brasil. Ela parabenizou a relatora e destacou a importância do Instituto Banco Vermelho nesse trabalho.

Com a aprovação pela CE, o Projeto de Lei 147/2024 segue com urgência para apreciação no Plenário do Senado, em um passo importante rumo à ampliação das ações de prevenção e combate à violência contra a mulher no país.

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