Yulia Navalnaya havia prometido assumir a atividade política de seu marido, que faleceu em circunstâncias misteriosas na prisão, em fevereiro de 2024. Ela encorajou os seguidores de Alexei Navalny a não desistirem e continuarem a denunciar o governo russo e a situação do país nas redes sociais. Em um comunicado, Yulia Navalnaya chamou o presidente Putin de assassino e criminoso de guerra, exigindo sua prisão.
Leonid Volkov, ex-braço direito de Alexei Navalny, que também está no exílio, ironizou a decisão do sistema de justiça russo, reconhecendo a determinação de Yulia em dar continuidade à luta de seu marido.
Nos últimos anos, a Rússia tem sido palco de intensa repressão, com a prisão de diversos opositores do regime de Putin e a obrigação de outros tantos a se exilarem. Manifestantes e críticos do governo também têm sido detidos, muitos deles condenados a longas penas de prisão.
Essa situação reflete um cenário político conturbado na Rússia, onde a liberdade de expressão e oposição são reprimidos de forma sistemática. A ordem de prisão contra Yulia Navalnaya é mais um capítulo dessa história de perseguição e repressão no país.
