O adolescente foi atingido por um fragmento de um tiro de fuzil que acertou a pilastra próxima de onde ele estava junto com dois amigos durante a operação policial. A casa onde o jovem estava ficou com mais de 70 marcas de tiros. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro havia apresentado a denúncia em fevereiro de 2022, levando os agentes a se tornarem réus. No entanto, a decisão da juíza causou surpresa e indignação na família de João Pedro, que esperava que os policiais fossem levados a júri popular.
A mãe do adolescente, Rafaela Santos, expressou sua revolta com a decisão da juíza, afirmando que a justiça falhou ao absolver os agentes envolvidos na morte de seu filho. Ela pretende recorrer da sentença, buscando que os acusados sejam, de fato, levados a julgamento popular. Organizações não governamentais, como a Rio de Paz, também criticaram a decisão e destacaram a impunidade dos assassinos, ressaltando a recorrência de casos de mortes de jovens em operações policiais no Rio de Janeiro.
O caso de João Pedro evidencia a complexidade e sensibilidade que envolvem as ações policiais em comunidades e a necessidade de investigações rigorosas para responsabilizar os agentes envolvidos em violações dos direitos humanos. A luta por justiça e pela punição de responsáveis por crimes como o que vitimou João Pedro Mattos Pinto continua, com a família e organizações da sociedade civil reivindicando por um desfecho justo e coerente diante desse trágico episódio.