Emmanuel Macron afirma que “ninguém venceu” as eleições legislativas na França e convoca formação de coalizão plural

Na última quarta-feira (10), o presidente francês, Emmanuel Macron, fez uma declaração sobre as eleições legislativas que ocorreram no domingo (7) na França, afirmando que “ninguém venceu” o pleito. Com a esquerda conquistando o primeiro lugar, mas sem maioria absoluta, Macron fez um apelo para a formação de uma coalizão ampla entre as diversas forças políticas do país.

Em uma carta ao povo publicada pela imprensa regional, Macron convocou todas as forças políticas que se identificam com as instituições republicanas, o Estado de Direito, o parlamentarismo, a orientação europeia e a defesa da independência da França a um diálogo sincero e leal para construir uma maioria sólida e plural no parlamento. Nenhum partido ou coalizão conquistou a maioria absoluta de 289 deputados na nova Assembleia Nacional.

A Nova Frente Popular (NFP), que é uma aliança de esquerda, obteve entre 190 e 195 assentos, enquanto a aliança de centro-direita de Macron conquistou cerca de 160 assentos e a extrema direita mais de 140. A convocação de Macron parece ter o objetivo de excluir o Reagrupamento Nacional (RN) de Marine Le Pen da coalizão, mas também o partido França Insubmissa (LFI) de Jean-Luc Melenchon, que é a principal formação da NFP.

Macron enfatizou que nenhum partido ou coalizão saiu vencedor das eleições, já que todas as formações políticas obtiveram minorias. Ele afirmou que tomará uma decisão sobre a nomeação do primeiro-ministro quando as forças políticas tiverem forjado compromissos, dando-lhes algum tempo para isso.

Diante dos números da NFP, o partido governista demonstra estar dividido entre a possibilidade de formar uma aliança com os republicanos ou uma coalizão ampla que inclua os social-democratas. A aliança de esquerda pretende propor um primeiro-ministro a Macron, porém uma parte significativa do partido do presidente rejeita essa possibilidade e já está fazendo cálculos sobre possíveis cenários políticos futuros.

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