Federal Reserve considera redução nas taxas de juros antes de atingir meta de inflação, afirma Powell em depoimento

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, anunciou em uma audiência perante a Comissão de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes que o banco central americano não irá mais aguardar que a inflação alcance a meta anual de 2% antes de considerar uma redução nas taxas de juros. Powell destacou que a inflação tem um ímpeto próprio e não é aconselhável esperar até que atinja o patamar desejado para realizar ajustes nas taxas.

Essa postura do Federal Reserve reflete uma mudança de estratégia em relação ao monitoramento da inflação e das taxas de juros nos Estados Unidos. Powell ressaltou que, caso esperem muito para cortar as taxas de juros, a inflação poderá ficar abaixo do nível alvo, o que também não é desejável para a economia do país.

Essa declaração de Powell surge em um momento em que a inflação nos EUA atingiu um pico de 9,5% em junho de 2022, em meio à reabertura da economia após a pandemia de covid-19. Para combater essa alta inflacionária, o Federal Reserve aumentou as taxas de juros de forma agressiva, elevando-as para seu nível mais alto desde o início do século.

No entanto, com a inflação se moderando nos últimos meses e caindo para 2,6%, o banco central começa a considerar uma possível redução nas taxas de juros, que atualmente estão em uma faixa entre 5,25% e 5,50%. Powell destacou que os dados positivos sobre a inflação são encorajadores e podem indicar que os preços estão se estabilizando de maneira sustentável.

Essa nova postura do Federal Reserve em relação à inflação e às taxas de juros dos EUA reflete uma preocupação em manter a estabilidade econômica do país e evitar cenários de inflação descontrolada, que poderiam afetar negativamente o crescimento e o bem-estar da população.

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