Internado desde a semana passada em Santa Catarina, o médico lutava contra um câncer de intestino e infelizmente não resistiu a uma cirurgia. Com mais de quatro décadas de experiência, ele integrava o corpo clínico do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) desde 1979, sendo uma referência na sua área de atuação.
O procedimento que ganhou destaque internacional foi realizado em 2015, quando, juntamente com uma equipe de seis profissionais, Ghizoni foi responsável por operar Anthony Diaz, de 33 anos, que permaneceu acordado durante as nove horas de cirurgia, cantando e tocando violão. Essa abordagem inovadora teve o objetivo de diminuir o risco de lesões durante a remoção do tumor cerebral.
Em declarações anteriores, o médico explicou que manter o paciente acordado durante a cirurgia era uma decisão estratégica para garantir a segurança do procedimento. Dessa forma, o paciente podia colaborar, informando à equipe sobre possíveis complicações que surgissem durante a operação.
O presidente da Unimed, Ney Bianchini, em nota, ressaltou o legado deixado por Ghizoni, descrevendo-o como um ser humano fantástico que dedicou sua vida à medicina e tratou todos os pacientes com igualdade e respeito, independentemente da situação. O falecimento do médico marca uma perda significativa para a comunidade médica e para todos aqueles que foram beneficiados por seu trabalho ao longo dos anos.