Segundo dados da Plataforma Nilo Peçanha, do Ministério da Educação (MEC), 60% dos estudantes da rede são mulheres e 54% são negros. Diante desse cenário, os dirigentes dos institutos federais têm reforçado a importância de garantir recursos que possibilitem não apenas a manutenção dos jovens nas instituições, mas também a oferta de melhores condições, como a alimentação escolar.
O presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Elias Monteiro, destacou a necessidade de um aporte de R$ 1,1 bilhão para garantir que os estudantes tenham acesso a pelo menos uma refeição quente durante o dia nas unidades de ensino.
A terceira Marcha de Dirigentes dos Institutos Federais reuniu cerca de 30 reitores, que buscaram apoio junto aos parlamentares para garantir um orçamento mais robusto que atenda às demandas da rede. A expectativa é evitar cortes no Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) do próximo ano, que está em análise no Legislativo.
Segundo o Fórum de Planejamento do Conif (Forplan), o orçamento das instituições vem decrescendo desde 2016, enquanto o número de matrículas e unidades acadêmicas tem aumentado. Enquanto em 2015 o orçamento total era de R$ 3,6 bilhões, neste ano o montante destinado ao custeio foi de R$ 2,5 bilhões para 857 mil estudantes matriculados em 633 unidades acadêmicas.
Os reitores estimam que a rede necessita de pelo menos R$ 4,7 bilhões para garantir seu funcionamento no próximo ano. Além disso, eles destacam que a falta de verbas contribui significativamente para a evasão escolar.
Diante desse contexto, os dirigentes dos institutos federais esperam contar com apoio do MEC e dos parlamentares para assegurar um orçamento adequado que atenda às necessidades da rede de ensino técnico do país.