Repórter Recife – PE – Brasil

Ataques cibernéticos dobrou globalmente desde a pandemia, alerta Fórum Econômico Mundial; Brasil precisa avançar em segurança digital.

O Fórum Econômico Mundial (WEF) alertou para os crescentes riscos de segurança cibernética em todo o mundo, identificando essa questão como um dos principais desafios globais, tanto para o setor público quanto para o privado. O aumento significativo dos ataques cibernéticos desde o início da pandemia tem gerado preocupações, especialmente devido à sua crescente sofisticação.

De acordo com dados apresentados durante uma audiência pública promovida pela Subcomissão Permanente de Defesa Cibernética, o custo médio de uma violação de dados para instituições governamentais atingiu cerca de US$ 4,441 milhões em 2020, indicando a gravidade do problema. O Brasil, apesar de ter um alto nível de digitalização, ainda precisa amadurecer suas estratégias de segurança cibernética para lidar com essa ameaça em evolução constante.

A subcomissão, criada no âmbito da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), tem como objetivo acompanhar a política pública relacionada à defesa cibernética e propor medidas que visem prevenir e combater os riscos de ataques cibernéticos que podem afetar setores vitais da economia, como bancos, infraestrutura financeira e logística, entre outros.

Dentre as medidas sugeridas durante a audiência está a criação de uma agência governamental dedicada à segurança cibernética, além do compartilhamento de experiências entre os setores público e privado. Especialistas ressaltaram a importância da governança nacional e da cooperação internacional para fortalecer a resiliência dos sistemas contra ciberataques.

Representantes do setor privado também destacaram os desafios enfrentados pelas empresas, como o alto volume de eventos e a escassez de mão de obra qualificada em cibersegurança. A necessidade de padronização e melhoria da proteção das empresas, tanto públicas quanto privadas, foi enfatizada durante os debates.

A colaboração entre diferentes setores, público e privado, foi apontada como fundamental para fortalecer a segurança cibernética e antecipar possíveis ataques. Ações proativas, investimentos em profissionais qualificados e campanhas de conscientização da população foram recomendadas como estratégias para mitigar os riscos de segurança digital.

Em um cenário geopolítico complexo, torna-se evidente a necessidade de os governos estarem atentos e preparados para lidar com ameaças cibernéticas crescentes, que podem impactar não apenas a economia, mas também a segurança nacional e a infraestrutura crítica de um país. A cooperação internacional e o fortalecimento da resiliência cibernética tornam-se, portanto, temas prioritários na agenda global.

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