Os números são alarmantes e revelam uma incidência preocupante desse tipo de câncer em território nacional. O estudo aponta que a maioria esmagadora das vítimas é do sexo masculino, representando 67,6% do total de mortes registradas. Além disso, foram encontrados mais de 110.508 novos casos da doença ao longo do mesmo período, sendo o tabagismo o principal fator de risco apontado pelos especialistas.
O presidente da SBU, Luiz Otavio Torres, destaca a relação direta entre o tabagismo e o surgimento do câncer de bexiga, ressaltando que mais de 50% dos casos estão ligados ao hábito de fumar. Ele enfatiza a importância de adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada, a ingestão adequada de água e a prática regular de exercícios físicos para diminuir as chances de desenvolver a neoplasia.
A campanha de conscientização promovida pela SBU no mês de julho visa alertar a população sobre os perigos desse tipo de câncer e os cuidados necessários para preveni-lo. A diretora de Comunicação da entidade, Karin Jaeger Anzolch, ressalta que muitas pessoas desconhecem os riscos associados ao tabagismo, que é apontado como o principal causador do câncer de bexiga, mesmo diante da prevalência de outros fatores de risco.
Além do tabagismo, a exposição a substâncias químicas, certos medicamentos e suplementos dietéticos, gênero, raça, idade avançada e histórico familiar também são apontados como fatores que aumentam o risco de desenvolver a doença. Os sinais de alerta incluem sangue na urina, maior frequência urinária, ardência ao urinar, urgência para urinar e jato urinário fraco, indicando a importância de buscar ajuda médica ao menor sinal de alteração na saúde.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para combater o câncer de bexiga, que pode ser detectado por meio de exames de urina e de imagem. O tratamento varia de acordo com o estágio da doença, podendo envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia. É fundamental estar atento aos sintomas e procurar orientação médica para garantir uma abordagem eficaz diante dessa grave condição de saúde.
Os dados revelam uma concentração dos novos casos de câncer de bexiga nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro liderando as estatísticas. Contudo, há um aumento progressivo de casos nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, indicando a necessidade de medidas preventivas e de conscientização em todo o país.
Diante desse panorama preocupante, é fundamental que a população esteja ciente dos riscos do tabagismo e dos cuidados necessários para prevenir o câncer de bexiga. A informação e a conscientização são as melhores armas para combater essa doença silenciosa e mortal que tem ceifado milhares de vidas a cada ano no Brasil.
