Esquerda critica Macron por recusar formar governo e exige nomeação de primeiro-ministro das eleições

A política na França está fervendo após a esquerda vencer as eleições legislativas sem maioria absoluta. O presidente Emmanuel Macron se recusou a formar um governo até que uma “maioria sólida” fosse construída no Parlamento, o que gerou críticas por parte dos partidos de esquerda.

Em uma carta ao povo publicada na imprensa francesa, Macron pediu que todas as forças políticas, que se identificam com as instituições republicanas, construíssem uma maioria sólida e plural para o país. Ele também afirmou que tomará uma decisão sobre a nomeação do primeiro-ministro quando as forças políticas tiverem “forjado compromissos”.

Após a vitória da ultradireita nas eleições europeias, Macron dissolveu a Assembleia Nacional e convocou eleições legislativas antecipadas. No entanto, nenhum partido ou coalizão conseguiu obter a maioria absoluta necessária na nova Assembleia Nacional.

A Nova Frente Popular (NFP), uma aliança que inclui ecologistas, socialistas, comunistas e a esquerda radical, ficou em primeiro lugar, seguida pela aliança de centro-direita de Macron e pela extrema direita. Diante da incerteza, Macron pediu ao primeiro-ministro Gabriel Attal que permanecesse no cargo temporariamente para garantir a estabilidade do país.

A NFP anunciou que proporia um candidato a primeiro-ministro até o final da semana, com Jean-Luc Mélenchon apoiando a deputada Clémence Guetté. Enquanto isso, o sindicato CGT convocou os franceses a irem para as ruas em 18 de julho para exigir que o resultado das eleições seja respeitado.

A situação política na França está tensa, com diferentes forças políticas se posicionando de forma contrária às decisões de Macron. Enquanto Macron está em Washington participando de uma cúpula da Otan, Marine Le Pen, da extrema direita, criticou a postura do presidente, prevendo um cenário complexo para as próximas eleições presidenciais em 2027.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo