O ato de vandalismo levou a polícia local a abrir uma investigação para apurar os responsáveis. A prefeita Femke Halsema manifestou sua indignação com o ocorrido, destacando que danificar a estátua de Anne Frank não traz benefício algum aos palestinos. Ela ressaltou a importância da jovem como símbolo de humanidade e gentileza, mesmo diante das adversidades.
Anne Frank e outros sete judeus permaneceram escondidos por dois anos em um anexo secreto em Amsterdã, até serem descobertos em 1944. Em seguida, foram levados para campos de concentração, sendo que Anne e sua irmã Margot foram deportadas para Bergen-Belsen, onde morreram de tifo em 1945.
O vandalismo à estátua de Anne Frank ocorre num momento em que o antissemitismo na Europa parece estar em ascensão. Um relatório recente da Agência dos Direitos Fundamentais revela que 96% dos judeus europeus relataram ter sofrido algum tipo de antissemitismo nos últimos 12 meses. Além disso, a maioria considera que a situação piorou nos últimos anos, o que tem gerado preocupação na comunidade judaica.
A situação é especialmente grave na França, onde 83% dos entrevistados afirmaram esconder sua identidade judaica. O conflito no Oriente Médio entre Israel e o grupo Hamas intensificou os ataques antissemitas, ampliando o sentimento de insegurança entre os judeus europeus. A comunidade judaica aponta a necessidade de um combate mais efetivo ao antissemitismo e à disseminação de estereótipos negativos.
