O caso chocou a população, pois João Pedro Matos Pinto, de apenas 14 anos, estava na casa do tio quando foi atingido por mais de 70 tiros disparados por policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). O adolescente veio a óbito como resultado dos ferimentos causados pelos disparos.
Três policiais, identificados como Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister, foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado em 2022. No entanto, a juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine os absolveu sumariamente, alegando que os agentes agiram em legítima defesa.
A família do jovem esperava que o caso fosse levado a júri popular e demonstrou indignação diante da decisão judicial. O pai de João Pedro, Neilton da Costa Pinto, criticou a sentença alegando que os policiais realizaram os disparos em uma casa onde apenas jovens adolescentes estavam brincando, sem justificativa plausível.
Rafaela Matos, mãe do adolescente, lamentou a falta de assistência por parte do Estado ao longo dos quatro anos desde a morte de seu filho. A família pretende levar o processo até a última instância judicial para garantir que os policiais sejam devidamente responsabilizados.
O protesto foi marcado por cartazes pedindo justiça e frases de ordem como “não nos calaremos” e “a polícia mata e o judiciário enterra”. Os manifestantes exigem que o caso seja levado ao Tribunal do Júri e que haja uma revisão da decisão que absolveu os policiais envolvidos na morte de João Pedro.