A pílula em fase de desenvolvimento foi projetada para imitar os efeitos da injeção de semaglutida, conhecida comercialmente como Wegovy e Ozempic. Enquanto o Ozempic é aprovado para o tratamento de diabetes tipo 2, muitos o utilizam, de forma não convencional, para ajudar na perda de peso.
O tratamento diário, denominado danuglipron, avançará para um estudo de fase intermediária ainda neste ano, após ter superado um obstáculo científico em um estudo piloto. A Pfizer anunciou que o próximo ensaio clínico terá o objetivo de encontrar a dose ideal da pílula, e caso seja bem-sucedido, o medicamento seguirá para a fase final de desenvolvimento.
O anúncio dessa nova empreitada da Pfizer impulsionou suas ações na bolsa de valores, com um aumento de quase 3% no início da sessão. A empresa espera que as pílulas para obesidade, quando lançadas, conquistem cerca de um terço do mercado, que pode atingir a cifra de US$ 130 bilhões até o final da década, de acordo com previsões de analistas.
Embora a Pfizer tenha enfrentado desafios no passado para avançar no tratamento da obesidade, a expectativa em torno dessa pílula é alta. A empresa está entrando em um terreno disputado, com outras gigantes farmacêuticas como Novo Nordisk A/S e Eli Lilly & Co. também investindo em soluções para perda de peso. A concorrência nesse mercado promete ser acirrada, com diversas empresas desenvolvendo medicamentos orais e injetáveis para atender a uma demanda crescente por tratamentos eficazes para a obesidade.