Repórter Recife – PE – Brasil

CNJ intima magistradas de Goiás para explicar decisões sobre interrupção de gravidez de adolescente estuprada: caso de repercussão disciplinar.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) agiu com rigor e determinação ao intimar duas magistradas do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) a prestarem esclarecimentos sobre decisões judiciais que negaram a interrupção da gravidez a uma adolescente de 13 anos que foi vítima de estupro. A legislação brasileira é clara ao permitir a interrupção da gestação nos casos de gravidez resultante de estupro, desde que realizada por médicos e com o consentimento da vítima.

A ação do CNJ foi motivada por uma matéria jornalística divulgada pelo site Intercept Brasil, que revelou a recusa do aborto legal por um hospital em Goiás e pelas decisões proferidas pela juíza Maria do Socorro de Sousa Afonso e Silva e a desembargadora Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade. A reportagem destacou que a vítima está na 28ª semana de gestação e tenta interromper a gravidez desde a 18ª semana, tornando o caso ainda mais delicado e urgente.

O corregedor-nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, ressaltou a gravidade da situação e destacou a necessidade de esclarecimentos por parte das magistradas envolvidas. A intimação para prestação de informações em um prazo de cinco dias demonstra o comprometimento do CNJ em investigar e apurar possíveis faltas funcionais com repercussão disciplinar.

A atuação do Tribunal de Justiça de Goiás ao não se manifestar sobre o caso, alegando segredo de Justiça, é questionável diante da gravidade e urgência do tema. No entanto, o tribunal informou que todas as providências determinadas pelo CNJ são cumpridas imediatamente, o que demonstra o cumprimento das medidas cabíveis diante da situação.

O caso da adolescente de 13 anos vítima de estupro e que busca a interrupção da gravidez é um exemplo da importância de seguir a legislação vigente e garantir os direitos das vítimas. A atuação do CNJ neste caso é fundamental para assegurar que a justiça seja feita e para evitar violações de direitos fundamentais.

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