Os cientistas analisaram dados de 26.820 britânicos disponíveis no UK Biobank, um banco de dados de saúde, em busca de correlações entre a duração do sono, a qualidade do sono e os cronotipos das pessoas. Os resultados indicaram que dormir de 7 a 9 horas por noite está associado a melhores indicadores de memória, raciocínio e velocidade de processamento de informações.
Além disso, a preferência por acordar de manhã ou à noite também teve impacto no desempenho cognitivo dos participantes. Aqueles que se consideravam mais ativos durante a noite apresentaram pontuações significativamente maiores nos testes de cognição em comparação com os participantes que se identificavam como “da manhã”. Mesmo aqueles que se posicionavam como intermediários, entre matutinos e noturnos, obtiveram resultados melhores do que os considerados mais ativos pela manhã.
Os pesquisadores ajustaram sua análise levando em consideração fatores de saúde e estilo de vida, como idade, sexo, tabagismo e consumo de álcool, para garantir que os resultados fossem confiáveis. Para os autores do estudo, os cronotipos das pessoas podem de fato influenciar significativamente a função cognitiva.
No entanto, eles ressaltam que não significa necessariamente que todas as pessoas matutinas tenham um desempenho cognitivo inferior. Ainda assim, a pesquisa destaca a importância de se gerenciar proativamente os padrões de sono para manter o cérebro saudável e funcionando adequadamente. Eles defendem a implementação de intervenções políticas para melhorar os padrões de sono da população em geral, visando preservar e promover a saúde cerebral.