Investigação sobre uso ilegal da Abin durante governo Bolsonaro culmina em prisões e audiência no STF nesta sexta-feira.

Nesta sexta-feira (12), o Supremo Tribunal Federal (STF) está realizando a audiência da custódia dos cinco presos pela Polícia Federal, em mais uma fase da investigação que apura o suposto uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.

A audiência está sendo conduzida de forma virtual por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, responsável por determinar as prisões na quinta-feira (11). Os presos são Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República; o empresário Richards Dyer Pozzer; o influencer digital Rogério Beraldo de Almeida; Marcelo Araújo Bormevet, policial federal; e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

Segundo as investigações, a Abin teria sido utilizada para favorecer filhos do ex-presidente, monitorar ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal e políticos opositores durante o governo Bolsonaro.

O deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, divulgou uma nota nesta sexta-feira negando as acusações de uso ilegal do órgão. Ele classificou as acusações como “ilações e rasas conjecturas” e afirmou que estão tentando prejudicar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro.

O senador Flávio Bolsonaro também se pronunciou, alegando que a divulgação do relatório de investigação da PF foi feita com o intuito de prejudicar a candidatura de Ramagem.

Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro não se manifestou sobre o assunto. A Agência Brasil está em contato com os demais citados na investigação para incluir seus posicionamentos no texto em desenvolvimento.

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