Justiça equatoriana condena responsáveis pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio a penas que variam de 12 a 34 anos

A Justiça equatoriana proferiu uma sentença condenatória histórica, atribuindo a Carlos Angulo a pena de 34 anos e oito meses de prisão. Angulo, que ordenou de dentro da prisão o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, é membro de uma das principais organizações criminosas do país. O juiz Milton Maroto, responsável por ler a sentença, afirmou que Laura Castillo também foi condenada à mesma pena, por fornecer armas, dinheiro e veículos aos colombianos que cometeram o homicídio de Villavicencio.

Além disso, Erick Ramírez, Víctor Flores e Alexandra Chimbo foram considerados cúmplices e cada um recebeu uma pena de 12 anos de prisão. O ataque em que Villavicencio foi morto resultou em treze pessoas feridas, incluindo policiais, militares e apoiadores do candidato. Nas redes sociais, Amanda Villavicencio, filha da vítima, exigiu a verdade completa sobre o caso e afirmou que não se contentará apenas com os cinco criminosos condenados.

Fernando Villavicencio era um renomado jornalista investigativo, responsável por desvendar diversos escândalos de corrupção que atingiram funcionários de alto escalão, incluindo aliados do ex-presidente Rafael Correa. Durante o julgamento, uma testemunha protegida alegou que a “cabeça” do candidato valia 200 mil dólares e que o governo de Correa estava envolvido no crime. O ex-presidente, que atualmente vive na Bélgica e é considerado foragido no Equador, negou qualquer ligação com o assassinato.

A sentença em primeira instância pode ser contestada pelos réus, mas o veredito marca um avanço significativo na busca por justiça no caso do assassinato de Villavicencio. A condenação dos responsáveis pelo crime representa um passo importante para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer no Equador.

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