Monitoramento ilegal de jornalistas pela Abin sob governo Bolsonaro gera críticas de entidades e ameaça à liberdade de imprensa.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, uma investigação da Polícia Federal revelou que agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estavam monitorando jornalistas, autoridades do Judiciário, do Legislativo, da Receita Federal e personalidades públicas, de forma ilegal. Essa ação foi considerada uma violência e uma tentativa de violar o trabalho dos profissionais da imprensa.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) classificou as atividades da chamada “Abin Paralela” como ilegais e criminosas, enfatizando que essas ações representam um ataque à liberdade de imprensa. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também repudiou fortemente os atos cometidos pela Abin Paralela, afirmando que o uso de software federal para espionar e monitorar jornalistas é inaceitável e representa uma total afronta à privacidade e aos direitos humanos.

Em resposta a essa situação, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), juntamente com ABI e Fenaj, solicitaram ao Supremo Tribunal Federal a divulgação dos nomes dos jornalistas que foram ilegalmente espionados pela Abin Paralela. O presidente do SJSP, Thiago Tanji, ressaltou a importância de esclarecer essa história e garantir o respeito ao direito constitucional ao sigilo da fonte e à privacidade dos cidadãos.

Foi revelado que jornalistas como Mônica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista estavam entre os monitorados. Em uma entrevista, Mônica Bergamo expressou surpresa ao descobrir seu nome nessa lista, destacando a sensação estranha de ter suas conversas monitoradas e até mesmo difamadas, com tentativas de conexão com situações como o atentado a Jair Bolsonaro em 2018.

Essas ações ilegais por parte da Abin Paralela geraram indignação e preocupação entre os profissionais da imprensa, que lutam pela preservação da liberdade de imprensa e pelo respeito aos direitos fundamentais dos jornalistas. É fundamental que casos como esse sejam investigados e que medidas sejam tomadas para garantir a segurança e integridade dos jornalistas e da imprensa como um todo.

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