Diante dessa situação, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, revelou neste sábado (13) que foi contatada pela assessoria do Palmeiras para informar sobre o pedido de desculpas do treinador. Em seu pronunciamento nas redes sociais, Guajajara ressaltou a importância do reconhecimento do erro e do pedido de desculpas às comunidades indígenas do Brasil.
Abel Ferreira, por sua vez, também utilizou suas redes sociais para se retratar, admitindo o equívoco de suas palavras e repudiando qualquer forma de preconceito e discriminação. O treinador reconheceu o poder e o impacto das palavras, independentemente da intenção, e se desculpou publicamente, especialmente às comunidades indígenas.
A ministra Sonia Guajajara criticou as declarações de Abel Ferreira, classificando-as como inadmissíveis e revelando a permanência de estereótipos em relação aos povos indígenas. Ela convidou o técnico a conhecer a história dos povos indígenas do Brasil e refletir sobre o passado de colonização de Portugal no país, destacando a importância de avançar em uma agenda de igualdade étnico-racial.
Além disso, Guajajara mencionou os recentes posicionamentos do governo português em relação aos crimes cometidos contra escravos e indígenas no Brasil, ressaltando a necessidade de reconhecimento e reparação. O debate sobre igualdade étnico-racial se tornou relevante a partir desse episódio, reforçando a importância do respeito e valorização da história e dos saberes da cultura afro-indígena do Brasil.